O Abono Salarial PIS/PASEP é um benefício anual pago pelo Governo Federal aos trabalhadores que se enquadram em determinados critérios, como ter carteira assinada e baixa renda. O objetivo é complementar a renda de quem trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias no ano-base, recebendo até dois salários mínimos mensais. O PIS é voltado para empregados do setor privado e é pago pela Caixa Econômica Federal. Já o PASEP é destinado a servidores públicos e o pagamento é feito pelo Banco do Brasil. O valor pode chegar até um salário mínimo, conforme o tempo trabalhado no ano-base.
Quem tem direito ao PIS/PASEP?
Para receber o abono salarial do PIS ou PASEP, o trabalhador precisa cumprir quatro requisitos principais. Primeiro, deve estar inscrito no programa há pelo menos cinco anos. Segundo, é necessário ter trabalhado com carteira assinada por pelo menos 30 dias no ano-base considerado para o pagamento. Terceiro, a média salarial mensal deve ter sido de até dois salários mínimos. E por fim, a empresa ou órgão empregador precisa ter informado corretamente os dados do trabalhador na RAIS ou no eSocial. Se todos esses critérios forem atendidos, o benefício pode ser liberado automaticamente, conforme o calendário oficial.
Qual é o valor que posso receber?
O valor do abono salarial varia de acordo com a quantidade de meses trabalhados no ano-base. Quem trabalhou os 12 meses do ano tem direito ao valor cheio, equivalente a um salário mínimo vigente no ano do pagamento. Quem trabalhou menos tempo recebe proporcionalmente — por exemplo, quem trabalhou 6 meses recebe metade do salário mínimo. A conta é simples: o valor cheio dividido por 12 e multiplicado pela quantidade de meses trabalhados. O cálculo é automático e pode ser consultado nos canais oficiais do governo, como o app Carteira Digital ou site da Caixa/Banco do Brasil.
Como consultar se tenho valores a receber?
Consultar o PIS/PASEP é fácil e pode ser feito online, sem precisar sair de casa. Basta acessar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, o site ou app da Caixa Econômica Federal (para o PIS) ou do Banco do Brasil (para o PASEP). Também é possível consultar no portal gov.br. Após login com CPF e senha, o trabalhador pode ver se tem direito ao benefício, o valor disponível, o número de parcelas e o calendário de pagamento. Manter os dados atualizados facilita o acesso às informações e evita erros que possam atrasar ou bloquear o recebimento do valor.
O que é o ano-base do abono salarial?
O ano-base é o período de trabalho considerado para o pagamento do abono. Por exemplo, se o pagamento está sendo feito em 2025, ele se refere ao ano-base de 2023. Isso significa que o benefício é calculado com base nos dados de emprego e salário daquele ano anterior. O intervalo ocorre porque o governo precisa de tempo para processar as informações enviadas pelas empresas e cruzar os dados com os sistemas oficiais. Por isso, é comum que muitas pessoas não associem o trabalho realizado anos antes ao valor que têm a receber agora pelo PIS ou PASEP.
Como funciona o calendário de pagamento?
O calendário de pagamento do PIS/PASEP é divulgado anualmente pelo Governo Federal, geralmente no início do ano. Para os trabalhadores da iniciativa privada (PIS), as datas são organizadas conforme o mês de nascimento. Já para servidores públicos (PASEP), o pagamento segue o número final da inscrição. O cronograma define quando cada grupo pode sacar o valor. É importante ficar atento, pois o prazo para sacar o benefício costuma se estender por vários meses, mas expira ao final do ciclo anual. Se perder a data, o trabalhador pode ter que solicitar a reemissão ou até perder o valor.
Onde o dinheiro é depositado?
O valor do abono do PIS é pago diretamente pela Caixa Econômica Federal, enquanto o do PASEP é pago pelo Banco do Brasil. Para quem já tem conta nesses bancos, o depósito pode ser feito automaticamente. Caso contrário, o saque pode ser realizado com o Cartão Cidadão em caixas eletrônicos, agências, lotéricas ou ainda pelo app Caixa Tem. Para o PASEP, o saque é feito nas agências do Banco do Brasil ou transferido para conta informada. É essencial manter seus dados bancários atualizados no sistema do governo para garantir que o valor caia direto na conta certa.
E se eu perder o prazo de saque?
Se o trabalhador não sacar o abono dentro do prazo estabelecido pelo calendário anual, o valor retorna para os cofres da União. No entanto, ainda é possível solicitar a reemissão ou a liberação retroativa do benefício, desde que esteja dentro de um prazo de até 5 anos. Para isso, é necessário entrar em contato com a Caixa Econômica (PIS) ou Banco do Brasil (PASEP) e fazer o pedido formal. É fundamental guardar o comprovante de trabalho do ano-base e acompanhar os prazos para não perder definitivamente o direito ao valor acumulado e que pertence ao trabalhador.
Como saber se tenho valores antigos esquecidos?
Muitos trabalhadores deixam de sacar o PIS/PASEP por não saberem que têm direito ou por não acompanhar o calendário. É possível que existam valores esquecidos de anos anteriores que ainda podem ser recuperados. Para saber, basta acessar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, o Caixa Tem ou entrar no portal gov.br. Caso o benefício esteja expirado, é possível entrar com um pedido administrativo de reemissão, apresentando documentação que comprove o vínculo empregatício no ano-base. Consultar com regularidade evita a perda de prazos e garante que você receba tudo o que tem direito.
Vale a pena consultar mesmo se tiver dúvida?
Sim, vale muito a pena consultar o PIS/PASEP mesmo que você não tenha certeza se tem direito. Muitas pessoas se surpreendem ao descobrir que têm valores disponíveis, especialmente se trabalharam em empresas diferentes ou em períodos curtos de tempo. A consulta é simples, gratuita e pode ser feita online em poucos minutos. Além disso, consultar com frequência ajuda a identificar possíveis erros no sistema ou pendências que podem ser resolvidas a tempo. Nunca descarte a possibilidade — o dinheiro é seu por direito, e ele pode estar te esperando para ser sacado.